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Martinha

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Martha Vieira Figueiredo Cunha – Martinha – uma artista nata. O caminho das artes começou a ser trilhado aos quatro anos de idade, estudando piano em um conservatório de sua cidade natal Belo Horizonte e também ballet. Descendente direta de figuras ilustres do cenário cultural brasileiro, como o grande escritor “Monteiro Lobato” (primo em primeiro grau de seu avô paterno), de “Noel Rosa” e também de “Bidu Sayão”.

Filha de pai boêmio ligado à música e mãe locutora (tinha um programa de rádio em Belo Horizonte, onde também cantava), Martinha não poderia contrariar o velho ditado popular “Filho de Peixe, Peixinho é“. Começou a escrever cedo. Com grande intimidade com o violão, instrumento pelo qual tomou gosto em particular passou a musicar seus próprios versos. Buscando aperfeiçoar seus conhecimentos musicais, aprendeu a tocar outros instrumentos, como guitarra e órgão.

A timidez fazia com que todo este talento não ultrapassasse o circuito doméstico, extrapolado somente em pequenas reuniões com amigos do prédio onde residia, entre eles, na época, Milton Nascimento e Lô Borges. As reuniões aconteciam em sua casa por um único motivo: o piano interesse comum a todos.

Estudante aplicada, não sonhava com outra coisa que não fosse a medicina. Queria ser médica e se preparava para o vestibular, com pretensão ate de estudar no exterior. Já fã de Roberto Carlos, não imaginava que a estréia de um programa comandado por seu ídolo, mudaria sua vida. “Jovem Guarda”, estreava em agosto de 1965, numa tarde de domingo, provocando uma revolução não somente em sua cabeça, mas na cabeça de toda a juventude brasileira. Como o programa não era transmitido para todo o Brasil, o que chegava editado a Belo Horizonte, melhores momentos com as estrelas do movimento, era consumido avidamente, junto com tudo que a imprensa divulgava.

Martinha então decidiu. Já que todos ressaltavam que seu talento tinha que ser aproveitado, porque não tentar outro caminho? Sua decisão era fazer parte integrante daquele movimento. Pois bem, como o destino existe e contra ele aquilo que se traçou não há forma ou maneira de escapar, no mesmo ano, Roberto Carlos iria se apresentar em Belo Horizonte. Por intermédio de um divulgador do artista, Dona Ruth, sua mãe, conseguiu marcar um encontro para que Roberto ouvisse Martinha.

Isso só aconteceu de madrugada. Quando ela não mais o esperava, eis que ele chega à sua casa com o amigo divulgador. Depois da emoção do encontro, Roberto ouviu Martinha e, imediatamente a convidou para ir a São Paulo e se apresentar no “Jovem Guarda”. As portas do sonho se abriam para a realidade. Martinha ganhou o apelido consagrado, dado pelo Roberto – O Queijinho de Minas – e experimentou a fama tão logo pisou o palco do Teatro Record, cantando “Barra Limpa”, uma canção sua dedicada a Roberto Carlos. Naquela mesma tarde, saindo do teatro, já dava autógrafos. Mas sua luta estava apenas começando. Passou semanas fazendo o trecho Belo Horizonte/São Paulo de trem, para se apresentar no programa, até que se transferiu para São Paulo. Roberto a encaminhou para o Diretor Artístico de uma grande gravadora: Roberto Corte Real, com quem gravou – Eu Te Amo Mesmo Assim, que em menos de seis meses, era primeiro lugar em todas as emissoras do País.

Dona de uma voz personalíssima, facilmente identificável e um enorme talento de compositora, atestava que Martinha, já se tornara um novo ídolo feminino. Seu sucesso seguinte – Eu Daria Minha Vida -, a levaria a ser mundialmente conhecida. Com uma agenda lotada, chegando a ser classificada numa pesquisa do IBOPE, publicada pela Revista Manchete, como a terceira cantora mais popular do País, Martinha nunca se descuidava como compositora. Suas músicas também alcançavam êxito nas vozes de grandes interpretes como Roberto Carlos, Ângela Maria, Nelson Ned, Nilton César, Milton Carlos, Ricardo Braga, Ronnie Von, Hebe Camargo, Claudia Barroso, Aguinaldo Rayol e tantos outros.
Ganhou todos os prêmios especializados em música no País,sendo presença obrigatória em todos os grandes programas de TV, chegando a apresentar semanalmente na extinta TV Tupi o programa – Gente Inocente -, considerado o melhor programa infantil de 1975.

Com tantas glórias, Martinha alça vôo internacional. Em Nova Iorque é premiada como melhor interprete, tendo disco lançado em toda América Latina. Recordista de vendas, agraciada com Discos de Ouro, e recebida por toda a imprensa como a Revelação Feminina da Canção Latina. Canta em português, espanhol, inglês, francês e italiano, chegando a apresentar-se numa temporada de duas semanas em um Teatro da Broadway.
Martinha muda-se para a Espanha, contratada pela Columbia Discos. Sucesso como cantora e compositora, vê seus trabalhos gravados por interpretes conceituados em seus países como Nicoletta na França, Imelda Muller no México, Claudia e Fausto na Colômbia, Marisa Sania e Ornella Vanoni na Itália. Na Espanha, foi também produtora do primeiro disco de Julio Iglesias para o Brasil, assinando inclusive as versões.

Com o público fiel, ao longo de mais de trinta anos de carreira, continua embalando corações com sua voz e buscando priorizar sua carreira como compositora, através de ídolos como Zezé Di Camargo (carreira solo), Dalvan, João Mineiro e Marciano Mato Grosso e Mathias, Gilliard, Fafá de Belém (regravação da música “Eu daria a minha vida”, fazendo parte da trilha sonora da novela “Marcas da Paixão” da TV Record), Fábio Jr., Chrystian e Ralf, Roberta Miranda, Leandro e Leonardo, Chitãozinho e Xororó e outros.

Martinha é tudo isso e muito mais. Não só uma simples interprete, mas, um concerto para ouvidos que cultuam o amor, revivendo a nostalgia dos anos 60 e o romantismo atemporal de seu trabalho e de grandes interpretes.